Aos Policiais IV - Epílogo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Olá Margery, como está?

Fico feliz que tenha conseguido me encontrar a tempo. Creio que mais alguns segundos e todo aquele gás teria preenchido o ambiente, fatalmente, me matado. Não soltei o doce aroma da morte para me punir pelo que fiz, uma especie de redenção. Não... longe disso. Quando vi aqueles de olhos de Emilly fui tirado da minha tranquilidade, da paz de meus atos, aqueles olhos me inquietaram, me trouxeram a tona um reflexo de outros olhos repressores, sim, os teus olhos, Margery, reprimindo meus atos, reprimindo minha conduta, meu modo, meu jeito. E quem sou eu para ir contra aqueles olhos? Aquele tom de voz? Aquela forma de se mover? Decididamente eu sou refém de olhos como aqueles...

Peço-lhe que poupe os psicologos, analistas e todos os profissionais dessa área de virem até minha cela. Não tive motivação na infancia traumática. Não tive desilusões amorosas. Na verdade não tenho nada que justifique meus atos. Apenas queria sentir o gosto de ceifar a vida de alguém. Sem nenhum porém ou qualquer coisa que o valha. No entanto, lhe digo para não mostrar essa carta à ninguem. Não estou disposto a ser imitado por qualquer doente mental.

Lamento apenas uma coisa: não ter recebido um último abraço teu. Uma última demonstração de carinho. Triste esse final, não é algo que eu tenha planejado. Porém nem tudo sai como planejado todos os momentos, não concorda? Assim como aquela despedida não teve flores e abraços, decidi que esta também não teria. Faço votos para que se cuide, seu futuro é brilhante e extremamente promissor onde quer e com quem que esteja.

Com amor, seu pai,
Anthony.

travesseiro

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Confesso que chorei lendo sua carta, uma, duas, três, quatro, cinco... até cair no sono, dormi sobre a mesa, acordei com o papel ainda grudado em minhas mãos. Na hora que acordei dei graças que escreveu a lápis. Sério. Se fosse a caneta seu choro teria borrado toda a carta, assim não... Eu não vou dizer que é um monte de asneiras, porque não é... eu meio que te entendo, de verdade. Lembra? Eu posso sentir como se sente, eu sei como se sente assim como sabe como eu me sinto!

Em meio as lágrimas ainda, troquei de roupa, peguei as chaves do carro e aff, que trânsito. Podiamos nos mudar pro interior, lá não tem trânsito. Enquanto parei no meio daquele monte de carros podia notar tudo estranho, o dia ainda estava meio escuro. Liguei o rádio, só tocavam noticias em quase todas as emissoras. Suspirei abrindo o porta-luvas procurando algum CD ou pendrive pra ligar uma música e a sua carta caiu em minha mão. Como ela veio parar aqui? Acho que na hora que recolhi a chave peguei a carta junto.

O trânsito não dava sinais de que ia se mover. Me estiquei um pouco, dois carros tinham batido uns 100 metros pra frente e fechavam a rua toda. Não aparentava gravidade, mas aparentava que ia demorar. Desdobrei a sua carta e li de novo sem ler. Sabe como é isso né?! Eu já sei as palavras, já sei a ordem de tudo e mesmo assim a cada vez as palavras são diferentes, cada vez ouço uma entonação diferente da sua voz... sabe aquelas cartas de filmes que o cara pega e uma gravação lê a carta? É assim que li ela duas vezes no trânsito (eu ia ler a quarta, mas uma buzina me mandou ir adiante) e suspirei.

Quando entrei olhei o relogio do celular, era muito cedo, lembrei da sua frase "estarei amanhã cedinho, te esperando lá em casa pro café da manhã (mas se vier cedo, prepara e me chama, sabe como sou pela manhã ¬¬)" e resolvi preparar o café. Quando terminei de passar o café - mesmo que eu não goste de café, sei que gosta - corri na padaria ali embaixo, comprei pão fresquinho, queijo, uma maça e um mamão... quando voltei escrevi essa carta que estava em seu travesseiro e, agora, esta em suas mãos. Quando terminar de ler pela segunda vez (lembrei do lance de termos muito de numero 2 em nossas vidas) desça as escadas. Shiuuuu, sem reclamar. Ah, coloca um roupão por cima do pijama, ta meio friozinho hoje... e vem tomar café comigo aqui na cozinha. Preparei algo especial, porque todo dia contigo é especial. Te amo!

Aos Policiais III - Final

terça-feira, 22 de maio de 2012

Olá senhores policiais. Não vou perguntar como estão, sei que agora estão bem. Agora que Emilly está em segurança dentro dos seus dominios. Claro, de praxe encaminharam-na para um hospital afim de fazer nela inumeros exames, compreendo os senhores. Mas digo que não é necessário, devolvam à ela o convivio com seus familiares o quanto antes, creio que esta experiência lhe foi traumática ao extremo e isso a fará passar por terapias por anos. Porém melhor assim não?!

Devem agradecer à essa jovem de cabelos rubros por esta carta chegar às suas mãos com ela ainda respirando. Vou lhes contar o objetivo inicial: sim, era mata-la. Da pior forma possivel, a deixaria sangrar por algum tempo, ver toda a pele dela esbranquiçar... no entanto não fui capaz quando vi nos olhos dela algo que só tinha visto nos seus, Margery, ela não demonstrava medo, pelo contrário, demonstrava uma... fúria talvez? Não, era algo mais sublime, mais... mágico! Os olhos dela desafiavam-me a fazer o que eu planejava. Nesse instante a adaga caiu de minha mão fazendo o barulho de um metal quando toca o chão descendo de altura maior que um metro.

O instante seguinte foi como se eu acordasse de um sono muito grande. Não, não me arrependo do que fiz. E não, não fiz absolutamente nada fora de mim, em um estado de insanidade temporário. Lamento aos senhores advogados se pretendiam alegar insanidade, tudo que fiz, fiz completamente dentro de minhas faculdades mentais normais. Desisti dela. Os olhos dela me pararam. Será ela um sinal? Margery... será?

Quando aproximei o pano com formol do rosto de Emilly ela me questionou o porque daquilo. Disse que precisava de um instante a sós comigo mesmo. Disse-me que se fosse para morrer, queria que fosse olhando nos olhos do seu assassino. Afaguei-lhe os cabelos, não a mataria. Pedi desculpas e coloquei o pano sobre seu nariz e boca. Ela não relutou, apenas as palpebras pesaram e ela adormeceu, serena e a respiração ficou calma. Só a vendo assim é que consegui escrever esta carta.

Peço-lhes que não a interroguem. O retrato falado dela não é importante. Após essa carta Margery já saberás quem sou. Aliás, desde a última carta ela já sabe, apenas não tinha confirmação. Agora tens Margery. Estou lhe esperando, venha me buscar. Espero que chegue a tempo de me pegar. Torço para que consiga.

Até, espero, breve.
Sem assinatura, pois Margery, ao fim destas linhas, saberá que sou eu, e só isso importa.


ps.: encerro assim essa pequena trilogia, não haverão mais mortes, não da minha parte, creio que alguns imitadores poderão surgir, mas os pegarão logo. Confio nesse departamento de policia e nos seus competentes integrantes.

Aos Policiais II

sábado, 19 de maio de 2012

Olá, novamente, senhores policiais, como vão?

Primeiramente me perdoem pela última carta que deixei, sobre Ania. Depois que acharam-na eu não consegui me consolar por não ter me identificado. Prometo que, ao fim desta, eu assinarei. Deixem-me falar de Chirstine, não que eu seja desse tipo de pessoa, mas ela merecia o fim que teve. Não desta forma abrupta. Mas merecia. Por que? Elementar meus caros policiais. Ela cometeu diversos crimes que virão a tona quando a morte dela ser conhecida por todos. Minha sugestão é que comecem a investigar a apartamento dela, sobretudo o quarto, creio que acharão algumas coisas realmente intrigantes no lado esquerdo, ao pé da cama. Porém não fiz o que fiz afim de fazer justiça com minhas proprias mãos. Longe disso, escolhi Christine no mesmo acaso que escolhi Ania.

Novamente lhes digo para não gastarem os preciosos recursos do departamento com exames de estupro, não fiz isso a primeira vez, não o farei agora. Lhes conto detalhe por detalhe, estragando assim a diversão dos senhores peritos: como bem sabem Christine mora em um edificio antigo, muitas pessoas de idade moram ali, portanto os corredores, elevadores e portas foram adaptados para cadeiras de rodas, muletas e, assim, melhorar a assessibilidade de seus moradores. No entanto creio que não se interessam pela arquitetura do prédio, não é mesmo? Porém esta pequena explicação era necessária, tendo em vista o meu modus operandi compreenderão o motivo mais adiante.

Christine morava no sexto andar, para traze-la até aqui eu precisaria dopa-la. Porém como arrastar uma pessoa pelo hall de entrada do prédio sem chamar a atenção? Quando a peguei de surpresa na entrada do apartamento fiquei com essa dúvida por quase uma hora. Foi quando notei que haviam muitos enfermeiros que entravam e saíam dos vários apartamentos em intervalos regulares. Deste instante em diante só necessitei de uma cadeira de rodas e um jaleco branco, cobri o rosto de Christine a colocando na cadeira... o porteiro foi até gentil em me abrir a porta de saída, ofereceu ajuda para leva-la até a ambulância... será que tenho rosto tão bondoso assim? Provavelmente meu disfarce enganou o simpatico porteiro. Creio que interroga-lo não trará nada novo à investigação.

No instante que saí do prédio sem nenhum problema me senti vitórioso. Devo dizer, sem falsa modéstia que fiquei um pouco convencido de minhas capacidades depois de tal fato. Porém logo me acalmei e trouxe Christine até aqui. A amarrei e esperei pacientemente que ela acordasse. A forma que ela olhou em meus olhos, o medo estampado naqueles olhos era algo incrivel, e eu era o gerador do medo nela. A acalmei. Quando senti que ela estava mais calma lhe soltei uma das mãos - a direita. Percebi alguns segundos depois que não deveria ter feito isso. Pois ela veio direto à minha pele me causando um arranhão. Espero que eu tenha conseguido lavar as mãos dela afim de tirar qualquer pista da minha pessoa que possa ter ficado nas unhas dela.

Creio que não há necessidade de me ater aos detalhes, da forma que a luz, o medo se apagou nos olhos dela. Pude ver segundo por segundo, em Ania não pude ter esse gosto, os olhos dela se reviraram e se fecharam, com Christine foi diferente, eu colei as palpebras dela abertas, assim pude vê-la virar os olhos tentando desesperadamente fecha-los. Fui cruel, admito, mas eu queria ter essa sensação. Queria ver como é o fim de perto nas retinas de alguem. De certa forma devo agrader à Christine em me dar tal sensação. Claro que, assim que tudo se apagou nela, não fui insensivel ao ponto de deixa-la de olhos abertos. Os fechei e fiquei admirando-a um instante a mais. Obviamente ela não merecia tal contemplação pós-morte, mas fiquei tentado em faze-la... Assim lhes entrego a segunda carta. Na próxima espero não me demorar tanto na descrição da vitma e de como agi, ocorreu que nesta eu precisava desabafar com alguem, me vangloriar com alguem. E, que bom que é com os senhores, senhores policiais.

Margery, peço que não fique chateada. Também fiquei triste quando soube que lhe retiraram das investigações, porém não vejo motivo para tal ato, temeram por sua segurança... eu jamais lhe atacaria, não tenho planos de que sejas minha vitma. Mesmo que eu escolha as vitmas aleatóriamente, no hipotético caso de ser você eu, sem hesitar, iria para o nome seguinte. Senhor delegado, por gentileza coloque Margery de volta nas investigações, sim? Ela estava com progressos que devo dizer serem interessantes demais para descarta-la assim.

Agora, confome o prometito no inicio desta carta, lhes direi quem sou, no entanto me resguardarei em dizer meus motivos. Pensem bem, já ofereci diversas informações sobre quem sou. Afinal, quem mais conseguiria informações que compartilhei com os senhores nos paragrafos anteriores? Creio que agora estão pensando que sou algum policial, alguem ligado às investigações... não. Não sou. Também não sou nenhum jornalista.

Enfim, creio que me prolonguei demais nesta carta. Até breve, senhores policiais e senhorita Margery - que espero que esteja reintegrada à investigação até a próxima carta. Cuidem-se, nos vemos em breve.

Edgar A. P.

aos policiais I

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Olá senhores policiais, espero que esta carta vós encontre bem. Ah sim, transmitam minha mais sincera saudação àquela jovem policial loira que achou meu ultimo trabalho. Como ela chama? Margery não é? Bonito nome, caso um dia eu venha a ter uma filha darei o nome dela. Muito sonoro, muito significativo. Enfim, sem devaneios vamos ao que interessa.

Espero que tenham encontrado Ania não muito tarde, afinal, odiaria ver a familia dela velando um corpo já em estágio de decomposição avançado, seria tão desagradável, tanto à familia quanto aos agentes funerários que irão embalsamar o, belo, corpo dela. Porém se meus calculos estiverem certos encontraram ela após sete ou oito dias do sumiço dela. Como ela só sucumbiu ao fim do sexto dia, deve estar com a pele fresca, um pouco pálida por tamanha perda de sangue, mas ainda assim manteve sua aparência normal à todos antes de desaparecer.

Permitam-me lhes contar um fato incrivel: Ania era uma moça incrivelmente forte e determinada à escapar de meus dominios. No entanto, como podem ver, não há muito para se ir daqui certo? Mas, por via das dúvidas eu engessei as pernas dela. Assim ela não pode correr. Receio que os peritos olham com estranheza para aquele fragmento branco na perna, é gesso cirurgico, igual aquele de quando nossos filhos quebram braços, pernas em suas traquinagens rotineiras. Peço que não gastem preciosos recursos da corporação fazendo exames de estupro, jamais estupraria alguem. Sei que farão o teste assim mesmo, mas volto a frisar: é recurso do cidadão jogado fora. Acreditem em mim. Ou não. Até a próxima senhores policiais, até breve, Margery.

amanhecer

domingo, 13 de maio de 2012

Bom dia meu amor, primeiro me desculpe por não acordar ao seu lado, hoje tive que sair mais cedo, resolver uns assuntos no centro... se estiver lendo isso é sinal que não consegui voltar a tempo. Que droga. Sei que não é a mesma coisa, mas estou com o celular, se quiser me ligar agora, pode ligar viu? Se eu não atender é porque estou sem sinal, essa nossa operadora de celular é ótima nos gastos mas fica devendo no sinal né?! Aff. Não se preocupa com o almoço nem nada do tipo, vamos almoçar fora hoje... não se importe com o dinheiro, a gente sai correndo e tudo certo ok?! hahahaha

A verdade é que, enquanto escrevo essa carta/bilhete eu te vejo dormir, tão serena, tão tranquila, com um sorriso tão lindo, uma aura tão viva e brilhante... tão diferente daquela que eu vi aquele dia no seu trabalho. Me sinto bem em saber que fui eu o responsavel disso. Eu fico feliz em te fazer feliz, shiu, sei que vai balbuciar qualquer coisa agora. Quieta, continua lendo/me ouvindo, só por enquanto, pode ser?! Ótimo.

A verdade é que eu fiquei imensamente feliz com seu pedido, sério, se na hora eu ficar sem chão foi porque me pegou de surpresa. É a realização de um sonho sabia? Até estava comentando dia desses com nossa prima coisas completamente viajantes, como os detalhes do casamento que teria/terá que ser numa igreja com orgão (aquele tipo gótico) pra minha entrada triunfal, pra sua entrada triunfal, pra nossa saída triunfal.

Já deve ter percebido, mas estou sem unhas. Culpa sua ok?! Ando roendo tanto as unhas que, quando dou por mim, eu já estou roendo a carne rs.

Fica na cama até eu chegar, vou adorar chegar e te ver ainda meio dormindo, entrar de mansinho por baixo das cobertas e te ver acordar de novo.

Te amo meu amor, muito e tanto.

Calei-me

terça-feira, 8 de maio de 2012

De umas noites pra cá, tenho lido todas as cartas que escrevi mas nunca foram enviadas. Talvez por medo, talvez por orgulho, ou talvez pelo conteúdo ser tão dolorido. Todos os dias costumo dar uma folheada no passado antes de dormir, então percebi que aqui dentro o tempo parou. Meus relógios internos além de estarem sem pilha, estão quebrados também. Tudo está um pouco quebrado, um pouco fora do lugar...
Eu tenho tentado forjar alguma força na expectativa de que isso te traga pra perto e te mostre que eu consigo estar com você, mas penso que agi errado. Eu deveria ter deixado escapar aquele choro dizendo "não vá" enquanto estávamos ao telefone. Eu deveria ter dito que sem você o meu sorriso é a maior das mentiras, eu deveria ter dito! Sei que o amor deixa livre, mas acho que seria melhor ter te prendido a mim naquela época. É injusto deixar algo tão verdadeiro tornar-se apenas história. Nunca consegui aceitar.
Tentaram varrer os farelos de esperança dentro de mim, mas não resolveu. O problema é: quando a gente espera por algo que não acontece, esses farelos começam a virar cacos de vidro que vão cravar mais fundo a cada passo dado.
Queria mesmo que você ouvisse o meu coração tal como desejo ouvir o seu. Talvez ele te explicasse as coisas que eu nunca consegui expôr. Ele poderia deixar escapar essa frase que enterrei viva, esse algo que me é difícil até de escrever. Esse... esse "eu te amo".


 Provavelmente, mais uma carta que nunca terei coragem de te mostrar. 
O orgulho amarga a alma, mas o amor... este explode sem querer.

 eu   
amo 
  você 
pra sempre, como prometido.

Retorno

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eu sei que pedi que se afastasse, que me deixasse, que, por ora, nossos caminhos iriam se separar... No começo desse afastamento, fui forte, recebi inumeros elogios de alguns amigos "você conseguiu, viu como você é forte?!", elogios de como eu era forte por estar bem apesar dos pesares... enganei a todos! Se eu aparento ter superado é porque sei disfarçar bem, sei mentir bem. A verdade é que, hoje a tarde, enquanto passava perto de onde trabalha (na verdade passei bem em frente, em baixa velocidade) eu te vi. E não gostei do que eu vi... não vi seu sorriso, não vi aquela sua aura brilhante em volta de ti... quer dizer, ela estava lá, porém opaca, bastante apagada.

Não sei como consegui guiar o carro até a nossa praia, lá liguei o rádio afim de espairecer. Meu plano durou poucos segundos, logo começou a nossa música, cantei junto ela inteira, depois, me debrucei no volante e chorei, perdi a noção do tempo que fiquei lá. Sei que pedi que fosse, sei que fiz uma escolha, porém agora quero desfaze-la. Mas agora quero recomeçar do zero, dessa vez com mais solidez, as paredes de tijolos mais firmes, o muro de pedras... Será que ainda tenho esse direito? Tomara.

Com amor, Michael.