aos policiais I

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Olá senhores policiais, espero que esta carta vós encontre bem. Ah sim, transmitam minha mais sincera saudação àquela jovem policial loira que achou meu ultimo trabalho. Como ela chama? Margery não é? Bonito nome, caso um dia eu venha a ter uma filha darei o nome dela. Muito sonoro, muito significativo. Enfim, sem devaneios vamos ao que interessa.

Espero que tenham encontrado Ania não muito tarde, afinal, odiaria ver a familia dela velando um corpo já em estágio de decomposição avançado, seria tão desagradável, tanto à familia quanto aos agentes funerários que irão embalsamar o, belo, corpo dela. Porém se meus calculos estiverem certos encontraram ela após sete ou oito dias do sumiço dela. Como ela só sucumbiu ao fim do sexto dia, deve estar com a pele fresca, um pouco pálida por tamanha perda de sangue, mas ainda assim manteve sua aparência normal à todos antes de desaparecer.

Permitam-me lhes contar um fato incrivel: Ania era uma moça incrivelmente forte e determinada à escapar de meus dominios. No entanto, como podem ver, não há muito para se ir daqui certo? Mas, por via das dúvidas eu engessei as pernas dela. Assim ela não pode correr. Receio que os peritos olham com estranheza para aquele fragmento branco na perna, é gesso cirurgico, igual aquele de quando nossos filhos quebram braços, pernas em suas traquinagens rotineiras. Peço que não gastem preciosos recursos da corporação fazendo exames de estupro, jamais estupraria alguem. Sei que farão o teste assim mesmo, mas volto a frisar: é recurso do cidadão jogado fora. Acreditem em mim. Ou não. Até a próxima senhores policiais, até breve, Margery.

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